terça-feira, dezembro 06, 2011

Pequenas reflexões de um passarinho solitário

Este ano de 2011 está terminando, e mais uma vez observo as transformações, as metamorfoses em minha volta. Costumo me recolher, em um recolhimento reflexivo, positivo, calmo e tranqüilo.

Sempre fui um pássaro de asas tolhidas, devido as responsabilidade que tenho e as responsabilidades a qual me imponho. Sempre fui um pássaro que voa baixo, quase com os pés plantados na terra. A vida nunca me deu uma trégua! Não reclamo desta posição, que me obriga a tomar certas decisões e apesar dos movimentos lentos que ela promove, me fizeram chegar aonde cheguei e a conquistar pequenos e sólidos sonhos que hoje me orgulho muito.

Mas, novamente vejo as transformações ocorrendo ao meu entorno:

quem estava não está mais,

quem ficou não fica mais,

outras pessoas vão aparecendo para estas pessoas, para mim..,

outras experiências,

outras comunicações.


Ainda me entristece, talvez por um imenso egoísmo, como é fácil como é fácil voar e sumir.. sumir. Cada desculpa que ouço só me faz elogiar a criatividade kkkkkkkkkkk culpam-me de erros, tentam me convencer que é possível acompanhar rs é o tempo, é o clima, é a raiva... é o desabor, é o desamor!


É a mágoa sem escolha... é a vida resumida! É a perda! É o ganho! No final acabo entendendo que os pássaros que tanto amo não tem as mesmas amarras que eu possuo, e tanto merecem voar que talvez um pouquinho das asas da liberdade eu até ajudei a construir, não costumo levar nada em troca, nem um obrigada ou obrigado, quando se quer a liberdade nem se olha para trás, e nem se percebe as mudanças de penugem rs!

Neste processo também caem às máscaras, os formalismos, as imagens. As pessoas percebem que não sou perfeita, mãe de todas. Isto até eu gosto. Curiosos defeitos transparecem nos olhares das pessoas sobre mim e as pessoas se assustam. A Stela, logo a Stela, mas a Stela... Acho engraçado, porque nunca prometo perfeição e até onde eu me examinei por inúmeros e diferentes motivos ainda faço parte da espécie HUMANA e costumo me perdoar, assim como perdôo a todos, senão seria incoerente comigo mesma.


Graças a Deus, eu e os pássaros nas quais amo, nós erramos muitas vezes tentando acertar, sei que de boa intenção o inferno está cheio, mas ainda acho que esta frase é uma frase radical dos egocêntricos que acham que teram um conduta exemplar por toda a vida. Iludidos egocêntricos! A perfeição não acompanha ninguém 24 horas por dia nem 365 dias ao ano! Estes nem faço questão, e não os tenho em minha pequena e suave lista de pessoas queridas.

Em relação às máscaras alheias, é a humana falta de autenticidade, assumir sua condição, dizer que toda a ação veio de uma reflexão, e se esta reflexão levou a um caminho talvez não muito coerente é porque os prós e os contra foram colocados na mesa. As reflexões nunca são feitas de suposições e sim de repetição de fatos que se aproximam a tal situação. Após a reflexão vem a escolha, e desta escolha a conseqüência. Costumo me preparar ao fazer uma escolha, a conseqüência que há por vir, mas de sobremaneira, algumas reações HUMANAS ainda me surpreendem por esta falta de assumir que a responsabilidade de tudo que acontece conosco, é nossa e somente nossa. Eu assumo o preço porque outros não podem assumir!

Devagar, devagar vou vivendo, a trancos e barrancos construindo. Uma vida pacata sem sobressaltos pois além disto a vida não me permiti, ou melhor nunca me permitiu. Até penso as vezes o que faria se eu tivesse a tão sonhada LIBERDADE. Acho que enfiaria os pés pelas mãos kkkk Tem gente que escolhe as amarras, eu as ganho, em cada fase da minha vida ganho uma diferente, mas são amarras tão gostosas e tão carinhosas que prefiro como sempre dar a mão a VIDA e nunca me desfazer dela, porque apesar e tudo ela continua sendo um pequeno presente.


Abro mão de alguns sonhos, adapto-me a outros, vou vivendo a minha vida até que um dia ela me dê uma volta de 360 graus. Estar-se-ei preparada? Talvez não. Tantos anos na mesma, mas sempre vem. Sei que o tempo passa para mim como passa para os outros livres ou iguais a mim, pássaros presos, mas, como diz um querido amigo meu, mas um pássaro que voará a qualquer momento, e a qualquer instante e que tenho um carinho imenso por ele e pelo netinho dele rs e que agora me vejo me despedindo diariamente – passe 10, 20, 30 anos um dia chegará a minha vez de dizer adeus!






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