quarta-feira, janeiro 05, 2011

A espera

Estou aguardando uma chuva forte
Ventos uivantes e rajadas de trovão
Estou aguardando muros altos
de alto nível e escalão.

Na tranquilidade do asfalto
Na tensão dos trihos roçando
sinto cair um estribilho
cansado o corpo como um pequeno grilo

Sinto sono e quero descanço
quero um salto para onde sempre alcanço.
Quero vida, som e sabor
Quero viver, sonhos mundos com ardor.

Se tudo fosse mais fácil
mas nunca é.
Vivo no limite.
antes pé ante pé

Quando penso que tudo poderia ser evitado.
Fico calado.
Porque o sopro não vem,
a calmaria não apazigua.
E me vejo como um nenê.