sexta-feira, abril 11, 2008

Uma poesia

Quero diminuir em palavras
a vontade de escrever um poesia
de receber um texto escrito com maestria
onde meu nome várias vezes se repetiria

Por mim mesmo ele poderia ser escrito
Contando as peripécias de um sorriso
Ou contando o número de lágrimas
que meu encharcado travesseiro
é o único conhecedor e parceiro.

Queria ganhar de presente
a inspiração ardente
de Carlos e Castro
para em palavras resumir
o que dentro de mim
protejo-me, faço reprimir

Será que conseguirei um dia
Em uma névoa macia
Receber uma poesia
onde meu nome várias vezes
se repetiria

Escrever um livro quem sabe
minhas palavras viajar
sem tréguas
Fazer meus nome vagar
sem reta e sem réguas
somente em curvas
curvas do coração

Será que um dia
irei receber uma poesia
onde meu nome
várias vezes se repetiria....

Será que um dia
escreverei uma poesia
onde meu nome
milhares e milhares de vezes se repetiria

e meu nome é AMOR.

Quanto vale uma vida? Quanto vale um perdão?

Estou sinceramente estarrecida com os acontecimentos. A tortura da menina, a morte de Isabela, a tortura vista nas favelas do Rio de Janeiro (até agora ninguém ligou a dengue ao fato do RJ ser uma cidade sitiada onde que manda na verdade não é o Estado, é o tráfico, ou seja para tratar dengue tem que se pedir autorização a quem manda).
Gostaria de usar o caso Isabella para nortear os outros fatos, referir-me a este caso para explicar os outros mas, sobre um outro aspecto do mal: o mau da falta do perdão.
Meu texto vai repercutir revoltas e revoltas de muita gente, porque estou falando de perdão. Porque tantas pessoas na porta de uma delegacia xingando, gritando monstros. Será que temos este direito? Eu tenho certeza que nunca matei ninguém (por enquanto nem eles mataram cabe a justiça provar que eles são culpados não eles provarem que são inocentes) mas, não quero entrar neste mérito. Voltando.. Eu tenho absoluta certeza que não tirei a vida de ninguém? Nem com as minhas palavras? Nem com minha hipocrisia? Nem com a minha compaixão baseada em religiões sensacionalistas? Será que eu não matei ninguém.
"Atire a primeira pedra para quem nunca tenha pecado".
Sendo os dois culpados já estão pagando o seu preço. E um preço muito alto. Julgamentos precipitados, mídia atrapalhada e que não segue a retórica da imparcialidade e uma sociedade que não sabe ter compaixão. Perdoar porque não há pior castigo do que o castigo da consciência.
Vamos ser inteligentes e coerentes! Quem tira a vida de alguém nunca é normal. Não está e nunca esteve em seu juízo perfeito. A pessoa que age com frieza e tira a vida de alguém é alguém com graves problemas mentais, ou desvios de comportamentos que podem surgir de forma premeditada (como o caso Ristophen) como aparecer e surgir em casos de extrema pressão emocional (como pode ser.. eu disse pode ser deste casal).
Mas, meu texto não é policial. É um apelo! Perdoem! Porque o perdão não dá manchete? Porque o perdão não dá noticia? Porque somente a tristeza, a desgraça é que se sobrepõe. Meu texto é inalteçam a alegria. Não estou falando para não deixar a par dos acontecimentos que nos indignam, porque também fiquei indignada de primeiro momento: como fazer isto com uma criança de 5 anos... mas, porque instigamos a raiva... porque não instigamos o exercício singelo, humilde e dificil do perdão.
Sinceramente, não quero saber quem são os culpados... Quero que eles sejam perdoados. Quero que a Isabela tenha lá de cima uma lição de civilidade. Cabe a justiça, a lei julgar e punir os culpados e Deus ter compaixão deles. E cabe a nós perdoamos e cuidarmos de nossa vida (a mãe dela ja está fazendo isto porque não o fazemos também).
Vejo a cada dia mais a tristeza, a resmunguice, a intolerância e a solidão vencerem da alegria, da espontâneidade, do desprendimento. No último BBB, foi assim, a indiferença, a resmunguice, a falta de contato pessoal venceu e ganhou, fizeram a final... Gente em que mundo que vivemos que valores baseados no AMOR. como tolerância, perdão, compaixão, solidariedade são esquecidos.
Sou solidária a mãe da Isabela.. mas, também sou solidária a Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá. Sendo culpados ou não eles tem o apoio de quem sabe... que se forem culpados sofreram não a cobrança dos homens hipócritas de uma sociedade que se sente no direito de julgar mas, da própria culpa. Se eles ligam para isto não me importo como disse quem mata alguém já é doente pelo ato independente das circunstâncias, a não ser numa acidente... Mas, eu ligo para uma coisa, quero viver num mundo melhor... onde num caso desses as pessoas ao invés de gritar monstros e coisas desses tipo gritassem "Calma, a verdade protegerá vocês e nós só queremos que os culpados apareçam!". Somente isto nada mais.. isto sim é justiça!