quarta-feira, dezembro 19, 2012


ANTES QUE ACABE O MUNDO

Faz tempo que não escrevo em meu blogger e antes que acabe o mundo é melhor escrever.
Se o mundo acabasse hoje ficaria com uma pontinha de frustração pelas coisas que não vivi. Não nadei, não dirigi, não pulei de asa delta porque tenho medo de altura, não emagreci, não cortei o cabelo curtinho, não usei lente, não fiz cirurgia, não fiz depilação definitiva, não clareie os dentes, não cravei os dentes, não escalei... É daria uma frustraçãozinha.
Casar, ter filhos, nunca pensei nisto mesmo! Acho que até porque necessariamente teriam que me criar primeiro kkkk Porque se o mundo acabasse hoje continuaria: criança, moleca, tímida, doida, independente, professora, comunicativa, boba, ridícula, alta, grande, forte, amiga, parceira, resmungona, reclamona, preguiçosa, comilona e dorminhoca! Não dá para casar assim.
Se eu caso ou compro uma bicicleta? Meu peso diz uma bicicleta! A companhia me diz um abraço, um afeto, um carinho, “um cheiro”, um dengo, um ficar. E de ficar, de ficar, de ficar, vamos ficando, antes do mundo acabar: mais travessa, mais ligeira, mais louca, mais doida, mais fácil, literalmente mais fácil rs, mais bonita, mais cheirosa, e ainda em mais processo.
Se o mundo não acabar vou cuidar para ser menos cuidada, vou cuidar para estar menos preparada, cuidar para ser mais surpreendida. Quero um ano de 2013 de surpresas, surpresas boas, porque se o mundo não acabar, os cuidados já foram tomados e já fiz com destreza meu estoque.
Bom, terminei meu post, se o mundo acabar ele virá estudo, vira crônica, se ele não acabar fica sendo post de um blog entre 1000000 de uma estrela entre 10 bilhões de um universo cheio de mistérios. 

segunda-feira, junho 18, 2012


Perdas e Ganhos

Existem vários olhares para a palavra perda.
Para alguns perder significa não conseguir.
Não alcançar, não chegar a um ponto final.
Não transpor desafios.

Para outros a perda
É a inexistência, é o sair do mundo.
Sem tempo para se despedir
Sem tempo para se lamentar

Para mim a perda é não ter mais o olhar
É falar e ninguém ouvir.
É a alma clamar e ninguém acudir.

Eu não queria que fosse assim
E não estou feliz com isto.
Mas, o meu querer é frágil
E meu poder é insignificante
Onipresente, porém onipotente
Porém nada operante.

Diante da perda
A fortaleza desaba, se opera na sua maior fragilidade
O olhar fica triste, a pálpebra cai
E o mundo parece sem graça

Até que você liga a TV, vê os amigos, sai na rua...
De perdas vislumbra os ganhos
Os ganhos de outras pessoas que nem conhecemos
Os ganhos através do enfrentamento de novos desafios
Os ganhos através das risadas
Os ganhos através do sorriso diante de um clamor frágil e fraco.

Eu estou aprendendo a viver de perdas
Após muitos ganhos em minha vida.
E transformar estas perdas em um recomeço é o que estou tentando.
Aos poucos, a conta gotas porque eu te amo
E queria você comigo
Egoísmo sim pode chamar assim, é humano.
Mas, não me pertence.
O egoísmo não vai encontrar adubo no meu coração!

Aos poucos vou substituindo por amor
Aos poucos vou substituindo pela minha fé que não tem nada a ver com os homens!
Aos poucos vou acreditando em milagres
E ao mesmo tempo vou acreditando que o melhor a acontecer é o melhor para você e não para mim! 
Pobre egoísta!

Assim abro meu coração e dele deixo sair a perda!
E vir o ganho!
Sair o cravo e vir a rosa!
Por fim, me entrego
O egoísmo é derramado!
E o amor transborda. 

quarta-feira, abril 11, 2012

Opine, mas aponte os verdadeiros culpados!

Nos últimos tempos, decepciona cada vez mais o que as instâncias que defendem os nossos interesses ocupam seu tempo em discussões vazias, recheadas de sensacionalismo.
Eu dispenso esta preocupação falsa com a integridade da mulher na discussão do aborto de feto acéfalo. Recolho-me também a expor minha opinião a favor ou contra porque ao contrário das pessoas envolvidas na discussão, primeiro, não quero alimentar este sensacionalismo, vejo claro mais uma vez, um interesse escuso das grandes instâncias em diminuir seus problemas e claro, despender menos recursos dentro do sistema já entupido na saúde pública. Recolho também as minhas inclinações religiosas, as minhas crenças que não cabem aqui no momento.

Alguém sabe qual é a culpa do aborto? Da mulher, isto mesmo, é o que poder público coloca na cabeça da opinião pública cega e limitada. A mulher aborta ou porque é fraca demais, ou porque tem em si uma fortaleza prepotente, ela aborta porque está abandonada a própria sorte, ou porque por sorte tem condições de fazê-lo.Coitada da mulher!

Não possui para a mulher o minimo de acompanhamento. Não há para a mulher o minimo de proteção. Oferece-se a mulher na situação de anecefalia, estupro, abandono um único caminho, o caminho do desespero, da indecisão, da pressão, e por fim, o aborto. E quem disse que para por aí? Daí vem a lembrança, as recordações, as dificuldades de refazer e rever a vida após tal ato. A contagem dos aniversários que não foram comemorados. A sensação do que poderia ter ocorrido entre outros.

Surpreendeu-me por exemplo como mulheres vitimas de estupro são tratadas. Não há a preocupação de atenuar as consequências da violência em prol da vida. E mesmo após um acompanhamento que só ocorre em um único dia, se a mulher opta pelo ato abortivo, é tratada pela própria equipe médica e de enfermagem (sem claro generalizações!) como assassina, como se a mulher tivesse condições de discernir qualquer coisa após uma violência sem precedentes que é a violência sexual.

Não há terceiros envolvidos nesta discussão. No caso do estupro, muitas vezes a conceituação é que a mulher provocou; nenhuma médico responde por qualquer diagnóstico inequívoco de anecefalia; nenhum pai vai para cadeia por não registrar o filho, inclusive isto só é feito a muito custo se este aceita realizar um DNA, uma prova de paternidade; a mãe não precisa provar que é mãe para se responsabilizar, mas o pai pode optar ser ou não ser.

Alguém já perguntou para uma mulher o que ela sente nestas situações descritas? Já perguntou seus desejos e aflições? Quando ela já possui filhos e descobre-se, por motivos de risco de sua morte, optar por sua vida ou pela vida do próprio filho, ela opta por ficar mais um tempo viva para cuidar dos que já são seus? Quando ela passa por uma violência sexual, e se vê além dos riscos de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, ela se vê grávida do seu agressor e psicopata? Quando ela recebe a noticias da encefalia e o médico a aborda como se ela e a criança fosse mais um? Ou mesmo um simples abandono do namorado, uma simples falta de apoio da família como se sente esta mulher, grávida, gestante e em um momento limite?

Aqui não falo de opinião, a opinião é minha, e não importa a ninguém. Só quero mostrar que o aborto já existi embora clandestinamente, porém, não é a mulher a grande asssassina, e sim o total abandono e solidão a qual ela é conduzida. Em uma sociedade machista e hipócrita são os dedos apontados para ela que levam seus passos até o aborto. Toda a mãe solteira sabe disto! Quantos dedos lhes são apontados!

Por fim, eu gostaria que o poder público preocupa-se em atender efetivamente estas mulheres. Vocês sabiam que ao ministrar o ácido fólico impede-se a eminência desta doença em quase 99,9%, mas quantas mulheres tem acesso efetivo a este medicamento da unidade pública de saúde? OU melhor, quantas mulheres em condição de abandono, passam por um pré-natal, são acompanhadas? A diferença da mãe da Vitória não é a condição financeira, mas o apoio da família, dos amigos, do pai, talvez todo o pessimismo do médico ela teve um apoio psíquico para passar por este provação. E isto faz uma diferença que não tem tamanho.

Oriente elas sempre em favor da sua vida, e da vida da sua prole. E que as pessoas tenham compaixão e respondam com amor sob aquelas que por tantos motivos abordei, arriscam suas vidas não físicas como psíquicas ao fazer esta opção porque não vêem uma luz ao final do túnel.. porque se olharmos bem para elas, efetivamente, as portas são fechadas, as janelas trancadas, e não há realmente saída...

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Mantras stelásticas para 2012

1. Não me preocupar antes da coisa acontecer.
2. Ter expectativas e sonhos correspondentes aos meus dois pezinhos e mãozinhas.
3. Ouvir mais e falar menos.
4. Amar-me mais como amo ao próximo.
5. Cultivar o silêncio contra o barulho.
6. Tirar o salto dos problemas e devolvê-los as soluções.
7. Aceitar os caminhos divinos mas não me acomodar e nem me acovardar diante das dificuldades.
8. Gargalhar para a vida pra que ela ria junto comigo.
9. Abraçar mais vezes e transbordar o amor.
10. Descansar meu corpo na rede da fé buscando sempre minha espiritualidade em Cristo.

Porque assim tá bom, e se melhorar, melhora mais ainda! rs




sábado, fevereiro 11, 2012

Presente e pedidos viveiros

Pedir o carro do ano
a moto do ano
o homem do ano
isto é facil.

Pedir o ano do momento
o pedido do momento
o pedaço do momento
o retorno de um saber
isto é dificil.

Pedir dança
remelexo
festa
corpo
isto é fácil.

Dividir
somar
subtrair
multiplicar na vida de alguém
dificílimo

Pedir barulho, fácil.
Pedir paz, dificil.

Pode fazer escolhas, fácil.
Fazê-las com liberdade difícil.
São os presentes e os pedidos de uma vida
que nunca e nem sequer será construída.